quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Criança x Tráfico

O trabalho da Associação dos Órfãos Chefes de Família (AOCM) mostra como é importante oferecer amor, amizade e cuidados às crianças que perdem seus pais em situações de guerra. Mas, no Brasil, existe guerra? Há, sim. Aqui, as crianças perdem seus pais para a “guerra” da violência urbana, que aflige as grandes cidades. Um dos maiores e mais tristes exemplos dessa luta declarada está nas favelas do Rio de Janeiro, onde as pessoas vivem com medo de traficantes de drogas e policiais corruptos. Os dois grupos mandam e desmandam na população pobre e matam inocentes, que são, em sua maioria, pais de família.
• Não há dados oficiais sobre esses órfãos, mas uma grande pesquisa feita pelo jornal O Globo revelou que, somente em 2003, pelo menos 3.415 pessoas foram assassinadas na cidade do Rio de Janeiro: 94% eram homens e 40,8% deixaram filhos – a maioria, menor de 17 anos (o total foi de 2.985 órfãos). Além disso, 52% das vítimas morreram perto de casa.Fonte: Jornal O Globo
• Quando o pai morre, a família acaba perdendo a maior fonte de seu sustento, e sua qualidade de vida diminui. Sem chão e sem amparo, muitas crianças afastam-se da escola e entram para o mundo das drogas como usuárias ou mão-de-obra para o tráfico.
• Na guerra do narcotráfico, as gangues demonstram seu poder por meio da crueldade dos crimes. Em muitos casos, as crianças presenciam o assassinato dos pais e, por conta disso, carregam traumas para o resto da vida.
• Idade das crianças que trabalham no narcotráfico.
Fonte: OIT/IBGE

Nenhum comentário: